segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Desafio dos 30 Dias - Correção

Hoje vou contar algumas histórias sobre o período escolar e como algumas coisas marcam a vida das pessoas.

Lembro de quando era menor e mais inteligente. É engraçado como, com o passar do tempo, emburrecemos. Mas na época de escola, eu costumava ser a criança mais brilhante que tinha. Uma vez nosso professor de português fez um ditado e propôs como atividade que trocássemos nossos ditados com o coleguinha, que devia corrigir nosso ditado. Corrigiram o meu reescrevendo todas as palavras, como se "letra feia" fosse um erro. A minha letra nunca foi bonita, confesso, mas eu não tinha cometido tantos erros. Minhas palavras estavam a lápis enquanto a menina que corrigiu meu ditado escreveu com caneta por cima, logo, quando reclamei com o professor da injustiça, ele nem fez nada. Também lembro da única nota vermelha que tive em meu boletim. Tinha trocado de sala e, justamente no primeiro dia de aula naquela sala, tive uma prova de história. Infelizmente história não é algo que você simplesmente sabe. A não ser que seus pais te contem a história do mundo pra dormir, coisa que eu duvido que algum pai em todo o mundo faça. Aprendi que, com aquela professora, o negócio era decorar as perguntas e responder as que caiam na prova pra, logo em seguida, esquecer. Saia da prova e, quando meus colegas perguntavam "o que você respondeu na questão tal?" minha resposta sempre era algo como "nem sei". Eu realmente esquecia. Gosto de histórias, mas a história do mundo não é meu forte.
Também lembro de uma época em que tinha uma professora de educação artística que nons dava atividades super bacanas. Lembro que, com ela, fiz coisas desde desenhar meu colega de trás, bordar um tapete, fazer uma pintura impressionista até treinar uma dança para apresentar para a sala. Na contra mão, tive um professor de educação física que, para balancear as aulas que eu não fazia, passava trabalhos de avaliação onde eu tinha que escrever sobre algum esporte. Era interessante também, pois eu tinha que pesquisar coisas como as regras do jogo, onde tinha surgido, as evoluções que haviam ocorrido, etcetera.
Outra coisa que aconteceu que me marcou muito foi em um ano que minha professora de matemática gostava de passar lição de casa. Eu ia, fazia e esperava pela correção na próxima aula. Uma vez lembro de ter emprestado meu caderno para alguém copiar as respostas. Houve uma época em que eu não fazia isso, mas pouco tempo antes uma amiga minha me disse que a burrice do outro significava melhores chances para mim no futuro. Aquilo me fez mudar minha visão e passei a ser mais liberal quanto às minhas respostas. Naquele dia específico eu tinha errado uma das respostas. E notei que toda a sala estava apagando a resposta errada para copiar a correta. Posso até estar errada mas, para mim, ficou a impressão de que todos da sala copiaram a resposta de mim. Não sei se ficou claro pra mais alguém além de mim, mas é algo que me lembro e que me diverte.
Já na faculdade, me lembro de uma prova que, sem estudar nem nada, tirei um nove. A professora disse que eu devia ter estudado muito para conseguir aquela nota e eu, inocente e burra que fui, disse que não tinha estudado. Nenhuma das outras provas foi fácil como aquela, mas não tive dificuldades de passar na matéria em questão.

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