sábado, 12 de agosto de 2017

Meu Namorado

As pessoas que seguem meu blog sabem que eu tenho o péssimo hábito de gostar de pessoas que não me fazem bem. Muito raramente alguém gosta de mim e me diz como se sente, normalmente essas pessoas também levam foras por eu estar focada demais em não querer nada além de sofrer por um amor não correspondido. No entanto, as coisas mudaram. E tenho que agradecer a ele, de novo. Se ele não tivesse sido a pessoa que foi desde o início ele não teria a importância que ele tem, isso eu tenho certeza. Mas hoje eu não sofro por ele. Hoje ele não está na posição de pessoa que eu amo. Essa posição está ocupada por uma pessoa que conheci graças ao Silver ser a pessoa que ele é, por se preocupar comigo e ter me trazido pro lado Discord da força. Se não fosse ele, nada de tudo isso teria acontecido. Vamos aos fatos.
Depois que o Giorgio foi embora eu fiquei bem arrasada e isso era bem nítido em todos os aspectos da minha vida. Não só por ele estar indo embora, mas pelo jeito que ele foi embora. O Silver não mostra muito mas é uma pessoa que se preocupa com a gente. Do jeito dele. Como minha mãe e minha vó, então não é como se fosse algo que eu não estivesse acostumada a perceber. Ele me atraiu com promessas de jogar um jogo que desde o lançamento eu gostava muito mas não tinha jogado o suficiente por falta de companhia, que era Tree of Savior. Lá fui eu, criar um personagem e começar a jogar. Então tinha essa pessoa que me ajudava muito, que sempre conversava comigo mas não por voz porque, segundo ele, a família dele é barulhenta. E eu na época até instalei o Discord no celular pra poder conversar com ele enquanto estava no trabalho. Conseguir o Whatsapp dele foi um avanço em tanto. E ele me contou que gostava de alguém. Todos sabem que eu sou totalmente pró amor, então estava dando o maior apoio pra ele contar pra pessoa. Contei minhas próprias experiências, na esperança de que ele se animasse. Na época, me lembro bem, eu estava interessada em outra pessoa, sem nenhum prospecto de que desse certo por vários motivos. E quando ele respondeu que, mesmo depois de eu ter contado tudo aquilo pra ele, ele ainda não sabia se devia, eu resolvi perguntar “sou eu?”
E veio o silêncio.
E ele nem precisava mais responder, pois o silêncio respondeu por ele. Ainda assim, ele disse que sim, era eu. E foi quando tudo mudou entre a gente, pois ele é uma daquelas pessoas legais que você conhece de tempos em tempos e que você deseja, do fundo do coração, que ele seja feliz. Comigo? Bem… Realidade seja dita, eu nunca fui muito adepta de acreditar que eu trago felicidade pra qualquer pessoa que seja, mas ainda assim, alguns dias depois ele disse que me amava. E eu percebi que as coisas seriam sérias. Foi quando resolvi dizer pra pessoa em quem eu estava interessada sobre meus sentimentos, já que sabia que não aconteceria nada. Foi como o previsto e, depois de levar  um fora oficialmente, pude me virar para a pessoa que, de fato, me amava e tentar fazer dar certo.
Confesso, foi difícil no início. Ele se fecha quando tem algum problema e eu sou o tipo de pessoa que, se você tem um problema, eu quero te ajudar, então pra mim era muito dolorido ver ele se fechando daquele jeito. Mas era como ele sempre tinha lidado com os problemas, então a primeira coisa que eu tive q aprender foi que existem momentos em que insistir só atrapalha, eu tinha q esperar que ele mesmo lidasse com seus problemas e voltasse pra mim. Até agora, ele sempre voltou. Tem o choque de gerações, pois querendo ou não, temos uma diferença de idade razoável. Já fui chamada de pedófila e, no trabalho, uma colega que tem filhos da mesma idade que ele disse com todas as letras que, se fosse ela, não permitiria. Conheci a mãe dele e ela me perguntou se meu pai sabe sobre ele. Não, meu pai não sabe. Então, para completar, ela perguntou se eu o considero um namorado. Nunca fui pedida formalmente, mas sei que ele me considera. Eu mesma não sabia mas aquele não era um momento para titubear e minha resposta foi sim. Aquela resposta formalizou um pouco mais as coisas entre nós e meio que me senti na obrigação de falar com meu pai. No entanto, eu nunca tive um namorado, então não fazia ideia de como abordar meu pai. Fiz como todas as outras vezes em que o abordei sobre algo relacionado a sentimentos; “o que o senhor diria…?”

Tenho um namorado. Meu primeiro namorado. Estou morrendo de medo, mas estou feliz. Quero acreditar com todas as minhas forças que tudo vai dar certo, pois ele vive falando dos planos dele comigo e sei como ele é sério com essas coisas. “Não vou desistir de você tão fácil” foi algo que ele já me disse e que me deixou muito, mas muito emocionada de ouvir. Como vai ser o nosso futuro? Não sei. Prefiro não pensar, honestamente, apesar de eu mesma me pegar fazendo planos de tempos em tempos. Quero que ele viva plenamente e seja feliz, se eu puder acompanhá-lo durante um período dessa jornada, então tudo bem. Não importa quanto tempo dure, o importante é que está acontecendo.