sábado, 30 de setembro de 2017

Aniversários

Hoje, pra quem não sabe, foi meu aniversário. Eu pensei em não postar, mas existe uma pessoa que sentiria falta se eu não postasse. Esse post é um pouco mais pra você do que todos os outros, pois hoje foi um dia que eu esperei muito em todos os sentidos, esquecendo o conselho que meu irmão sabiamente me deu há muito tempo: não espere nada de ninguém.
Sexta meus colegas de trabalho não me desejaram feliz aniversário. Até aí, nada de anormal, afinal, meu aniversário é hoje. Mas uma de minhas colegas, a Eliana, me deu uma xícara de presente. Escrito “Be Happy”. Ela disse que achou minha cara, pois, segundo ela, eu sempre digo “vamos ser feliz”. Eu vi a pasta do meu colega e achei ela legal, então, como a Eliana o lembrou que ‘amanhã’ era meu aniversário. Ele me ofereceu um papel. Negociei um caldo de cana junto com o pastel e ele disse que tudo bem. Eu sorri e ele disse “você fica feliz com pouco”. Quando me deixaram na Dutra pra que eu pudesse voltar pra casa, me desejaram feliz aniversário e se foram.
Os planos pra hoje eram apresentar meu namorado pro meu pai, no entanto além dele estar ansioso ele acabou ficando doente. Qualquer possibilidade que existia deles se conhecerem hoje se foi. Mas tudo bem! É só mais um dia. Haverão outras oportunidades. No lugar de ver a pessoa que amo, saí com meu pai e meu irmão para almoçarmos fora e assistirmos um filme. Foi bom, mas eu ainda queria mais. Então chegando em casa fui pro computador e entrei no canal onde ele estava conversando com outro amigo nosso. Só podiam entrar duas pessoas então entrei em outro e esperei até que me vissem e me chamassem. Demorou um pouco mas me chamaram. O problema é que nosso amigo é complicado de lidar às vezes. E quando você é eu e criou várias expectativas e não viu nenhuma delas se concretizar, você começa a ficar triste. Eu queria um pouco de carinho. Ao invés disso recebi um convite pra ir jogar ranked. Eu preciso mesmo jogar ranked no League, então fui, mesmo sabendo que isso significava não estar com ele. E jogamos e perdemos, ganhamos e perdemos. Isso foi o suficiente pra eu desistir de rankeds pelo dia. Nos juntamos ao povo que também estava jogando e fomos um normal game que, pra não variar, também perdemos. E ele saiu.
Hoje eu acordei várias vezes durante a manhã e confesso, em uma delas eu vi uma mensagem que ele me mandou. Tinha as datas e reforçava como eu faço ele feliz. E um pedido de desculpas. Mas não ouvi a voz dele. Tinham poucas coisas que eu queria de presente pra hoje. Uma skin nova que saiu pra Janna, um abraço de uma pessoa que não posso mais ver e o desejo falado da pessoa que eu amo de um feliz aniversário. Eu não precisava ver ele, um áudio do whatsapp servia. Eu acabei dando essa indireta pra ele mas ele estava desanimado e acho que não percebeu. Mas tudo bem. É só mais um dia. Que está passando, diga-se de passagem.

Eu só queria dizer que te amo, meu namorado. Esse post é pra te dizer que eu te amo e que não precisa se sentir mal. Provavelmente quando você ler esse post já não vai ser dia 30 e não vai adiantar mais me mandar um áudio, e você vai ficar bravo com vc mesmo e triste e talvez mais desanimado do que está. Me desculpe se isso for, de fato, o que vai acontecer. Não estou dizendo pra te fazer sentir mal. Só quero que se lembre do que escrevi no início desse post e que já te disse uma vez: eu me contento com poucas coisas. Você só precisava me dizer “feliz aniversário” e teria feito meu dia ter valido e muito a pena. Mas o dia passou e agora, só no ano que vem. Mas eu vou esperar, com fé e acreditando que vamos sobreviver por mais um ano pra comemorarmos esse aniversário. E muitos outros. Fique bem.

sábado, 23 de setembro de 2017

Psyduck usou confusão!

Fazem alguns dias que eu ando jogando Pokémon Moon. Eu poderia estar jogando Pokémon Go, mas para isso preciso de um celular novo que não estou disposta a comprar ainda. O mês que vem é o último que eu tenho pra fazer dívidas no cartão com 12 meses de prestação, já que, infelizmente, em Outubro do ano que vem acaba meu contrato no IBGE. Isso nos leva a vários problemas que estou enfrentando nesse momento, e vou citar alguns deles. Logo vocês vão entender que confusão é um golpe mais potente do que parece.
Apesar de nos amarmos muito, eu e meu namorado andamos tendo tempos difíceis. Um dos motivos foi o golpe confusão que, após ter sido lançado nele, deixou ele confuso e sem saber o que estava fazendo por alguns vários dias. Foram dias tristes onde a gente discutiu, se irritou e ficou triste um com o outro. O pior é não saber direito o motivo de tudo isso estar acontecendo. Eu sei que não moramos perto o suficiente pra eu dizer q vou ali na casa dele ver como ele está e de lá ir pro meu setor, nem que posso dar pra ele tudo que ele quer. Eu acredito do fundo do meu coração que estou dando tudo que ele precisa. Até me dou a alguns luxos quando estou com ele, pois ainda trabalho e quero que ele se divirta. Nossas últimas conversas foram muito sérias, com temas como morar junto, filhos e dinheiro. Acho que por si só esses assuntos levaram à crise que passamos. Felizmente ontem, em algum momento do dia, entre a hora que eu tinha me decidido a encher a cara e a hora que eu estava ponderando ir pra casa ao invés disso, ele falou que sentia falta de falar comigo e, por algum milagre muito bem-vindo, ele voltou. Hakion has snapped out of confusion.
Essa seria a segunda semana que eu estaria presa na masmorra. Pra quem não sabe a origem do termo, deixem eu contar uma história curta. No ano de 2016 a chefia da agência era outra e, apesar de minha função ter sido bem definida como realizar a PNAD Contínua, eu ainda estava à mercê das vontades da chefia, o que significa que em Outubro do ano passado, quando eu finalmente poderia tirar minhas férias, fui “proibida” de ir na PNAD para ficar na agência e ajudar com as pesquisas econômicas anuais. Eu não sabia como a pesquisa funcionava mas as pessoas que naquela época lá trabalhavam eram gentis e ensinavam com boa vontade. Logo, com o tempo, eu consegui resolver alguns problemas. O que é importante de se apontar, no entanto, é que minha função não era ficar na agência. E me deixava profundamente triste ter que ficar na agência e ver meus dois companheiros de PNAD irem fazer as pesquisas sem mim. Castigo? Com certeza. Minha antiga chefia e eu tivemos inúmeros entreveros e com isso, por mais que digam que não, a relação ficou abalada. Este ano, no entanto, a chefia é outra. De todas as pessoas que lá estavam só sobraram eu e mais dois, cujos contratos vencem em fevereiro e julho do ano que vem. O meu também vence ano que vem, mas em Outubro. De qualquer forma, estávamos falando da masmorra. Eu passei uma semana inteira na masmorra, pois não tinha setor pra mim. Eu ficaria ainda mais uma semana lá não fosse pelo meu boss me dar uma função: tentar conseguir as entrevistas que todos nós sabemos que serão difíceis de se conseguir. Difíceis pois são em dois condomínios residenciais e em um prédio onde a maioria dos moradores trabalham no aeroporto. O resultado disso foi um dia da semana em que eu pude ficar em casa pra ir de noite no setor e que não foi aproveitado da forma que poderia, pois ainda estávamos sob o efeito da confusão.
Os moradores desse prédio em questão também parecem estar sob o efeito de confusão, pois eles te pedem pra ir no sábado de manhã e você é barrado já na portaria, pois, segundo o porteiro, “só interfonamos depois das 10 horas”. Você mora num condomínio e não sabe passar o horário de funcionamento da portaria dele? Que morador legal você é! Eu sei que a maioria das pessoas não devem saber essas coisas, mas ainda assim é um problema você ter que se indispor com um porteiro, pois eles são a sua comunicação direta com os moradores. Um porteiro sob o efeito da confusão não quis nem me deixar falar, logo, no dia seguinte, levamos um ofício pro condomínio e explicamos o que acontece quando você barra o IBGE. No dia seguinte, o mesmo porteiro me atendeu de uma forma totalmente diferente. O golpe jato de água foi super efetivo!
Durante as visitas presenciais fomos num lugar aqui de Guarulhos chamado Choupana. Esse era um lugar bem clássico que, por alguma razão, se mudou do lugar onde sempre esteve. Tem vezes que uma empresa não responder a pesquisa deixa a gente feliz, pois temos que fazer a visita presencial. Esse era um deles. A batida de morango com vinho deles é uma delícia e recomendo para todos que quiserem experimentar. “Quantas cervejas se pode tomar durante o horário de trabalho?” Nenhuma, meu caro. Em minha defesa, de lá íamos todos para casa. E foi ontem, o dia em que eu queria encher a cara. Eu encheria a cara com aquela batida sem nem reclamar, fácil, fácil.

Jogar pokémon, assim como jogar o jogo da vida real, é bem complicado. Às vezes você vai ficar queimado ou congelado, outras vai envenenar ou paralisar alguém, vai tentar fugir de lutas que não quer lutar e não vai conseguir, vai ficar confuso e vai errar em momentos cruciais. Mas todo status negativo passa, seja com o remedinho da caixa de cuidados ou com uma poção, toda vida é renovada seja num centro pokémon ou no conforto do seu lar. E quando você for um bicho selvagem, tenha certeza de ser capturado por uma pessoa que vai ser boa pra vc, mesmo que algum de vocês fique sob o efeito de algum status negativo. Mesmo que seus pontos de vida cheguem a zero. O que importa mesmo é continuar em frente, mesmo que seu objetivo hoje não seja o mesmo de amanhã. Continue.

sábado, 2 de setembro de 2017

Ciúmes

Eu queria poder dizer que sou uma pessoa bastante resolvida, com uma autoestima razoavelmente boa e confiança suficiente pra não ter que passar por certas situações. O que acontece, de fato, é que eu passo por essas ditas situações, seja por falta de confiança em mim mesma, seja por cair vítima de minhas próprias brincadeiras, seja por não ter uma avaliação muito boa da minha pessoa. O caso é que essa semana, por motivos que quando analisados friamente são absolutamente imbecis, eu senti ciúmes de novo, depois de muito tempo.
Vamos ser realistas, aquela última pessoa que passou pela minha vida tinha todos os defeitos do mundo mas eu não conseguia sentir ciúmes dele. Na verdade, sentia mais medo das pessoas ao redor dele pela insistência dele em dizer que nós não nos conhecíamos há muito tempo. Comparada àquelas pessoas, quem era eu? A última vez que me lembro de ter sentido ciúmes foi, quem diria, com o Edgar. Eu sentia ciúmes até do tempo que ele passava com os amigos dele ao invés de mim. E olha que eu passava por tudo aquilo calada. Mas nessa última ocorrência eu acabei na verdade colhendo as palavras que eu mesma plantei, tão logo as plantei.
No sábado passado meu namorado me deu uma aliança. Estou feliz da vida, andando com ela pra cá e pra lá. É minha felicidade e meu orgulho. Tenho alguém que amo e que me ama também, o que poderia dar errado? Bem, ele é tímido. E sempre que conversamos ele sempre me fala dos amigos homens dele. Nada estranho até aí, todos nós até certo período da vida tínhamos essa divisão de meninos andarem com meninos e meninas andarem com meninas. Na real, não importa a idade sempre vão ter pessoas que vão olhar amizades mistas com maus olhos. O que é bizarro, pois nos dias de hoje ver dois homens ou duas mulheres andando juntos levanta questões sobre a sexualidade deles. Mas isso é assunto pra outro post! No meu caso em questão, devido nossas circunstâncias, eu devo confessar que fiquei um tanto quanto em choque quando ele me convidou pra jogar com ele e convidou, também, outra pessoa. Que eu não conhecia. E que tinha um apelido feminino. Brinquei dizendo que ele já estava me trocando e ele disse que estava apenas ajudando ela a subir de elo. Eu entendo isso completamente. Também entendo que não estou em casa pra jogar com ele de dia, pois trabalho, e ele não está aqui de noite pois tem que ir estudar. Nossos horários são extremamente opostos e é óbvio que ele vai conhecer pessoas e jogar com outras pessoas. Mas pelo simples fato de ser uma menina e dele nunca ter me falado de nenhuma amiga ou coisa do tipo, eu saí da minha zona de conforto. E passei para uma zona bem perigosa de se andar, que é a zona da insegurança. Não dele, mas de mim mesma.

Acho que todo mundo já passou por isso. Pensar que não se é bom o suficiente pra outra pessoa ou que vai ser trocado e abandonado por X ou Y motivos. Eu penso isso e muito. Todas as pessoas com quem me relacionei, pela internet ou pessoalmente, especificamente no campo amoroso, falhou miseravelmente pelos mais diversos motivos. Ou a pessoa me sufocava, ou eu sufocava a pessoa; ou eu amava demais ou a pessoa amava demais; ou eu tinha ciúmes, ou a outra pessoa tinha ciúmes. E por conta de eu ter tido essa crise de ciúmes e ter tido plena consciência de que estava com ciúmes aquilo me afetou de forma negativa. Me irritei e acabei descontando nos jogos, coisa que fez com que ele ficasse chateado. Eu sei q ele não gosta de me ver brava, mas tem momentos que eu preciso por pra fora de alguma forma. Aquele era um momento e eu espero que você entenda isso. No entanto o ciúmes e a incapacidade de controlar meus nervos fez com que eu me sentisse culpada e passei um dia inteiro sem saber como falar com ele. E ele tentou. Muito. E pela primeira vez desde que o conheci consegui me colocar um pouco no lugar dele. Existem vários momentos em que ele se fecha e se isola. Não importa quanto eu venha a pedir pra que ele fale comigo ou me diga se eu posso ajudar. Não adianta me preocupar, pq é algo que ele sente e vai sentir e ele prefere passar por isso sozinho. A minha única opção é esperar. Foi a opção que ele teve naquele dia, só que isso fez com que ele se sentisse inútil e, no dia seguinte, quem estava se sentindo mal era ele. Conversamos e as coisas voltaram aos seus lugares direitos. Mas me pergunto se toda vez que eu sentir ciúmes vai ser assim. Não que eu vá ter ciúmes toda hora, longe de mim. Mas foi um sentimento tão angustiante que eu espero, do fundo do meu coração, que eu consiga ter um pouco mais de confiança. Não nele, pois nele eu tenho, mas em mim. Confiar que ele está comigo e vai continuar comigo. Se não pra sempre, que pelo menos não seja uma crise de ciúmes que nos separe.