quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Cidade de Ninguém

Hoje estava dando uma espiada em uns cadernos antigos e encontrei várias coisas interessantes, como por exemplos, poesias do tempo em que eu participava de um blog comunitário chamado Dead Poets. Sim, a inspiração era o filme. Lembro que foi de lá que conheci outro dos vários Rafaéis da minha vida e que aquele foi um dos que me fez sofrer bastante. Mas me lembro também que foi graças a ele que comecei a jogar Ragnarok. Se parar pra analizar, tudo q sou hoje foi iniciado por aquela pessoa, então, agradeço. O caso é que encontrei vários poeminhas que foram feitos na época. Quando leio alguns deles lembro com certeza que eram meus, já tem outros que me deixam em dúvida, então resolvi fazer uma pesquisa na internet. Infelizmente, parece que o blog do Dead Poets não existe mais, logo vou postar apenas os que eu tenho certeza que são meus, assim não terá ninguém vindo atrás de mim cobrando direitos autorais.

Cidade de Ninguém

Duvido e faço pouco.
De que me adianta?
Ninguém aqui se comporta!
Só me sai um grito rouco
que a todos assusta e espanta
mas agora, de nada adianta...

É morta! Está morta!
Todos aguardam o capataz
que irrompe pela porta
dizendo "descansa em paz!"

Numa cidade de loucos e pagãos
ninguém liga para a luxúria.
Vejo ao longe as luzes da estação
e escuto das vozes as lamúrias.
Quero logo entrar num vagão
e fugir do canteiro de petúnias.

Ah, sim, como é bom o seu perfume...
De nada daqui eu hei de sentir falta
pois de mim se cobra esse costume
mas não hei de esquecer sua malta.

Não demora para que soem o apito.
É chegada a hora! Olha a hora!
O trem se enche de gente de fora
e finalmente partimos. E repito:
Embora! Finalmente estou me indo.
e aos poucos sinto que estou rindo.

Célere vai o trem pelos trilhos,
mais que ele vão meus pensamentos.
Eles se juntam e se misturam no momento
e deles nascem as idéias, como filhos.

No ar soturno do acaso
sinto que nada foi por acaso.
Aprendo vivendo a vida
mesmo que seu fim seja esboroar
pois uma perda quando é tão sentida
deixa a tristeza espalhada pelo ar.

Quero que desculpem as rimas toscas, mas faz uns 8 anos que eu escrevi esses poemas que vou postar, então a qualidade não era tão boa assim. Lembro que na época a idéia era reunir várias pessoas que escreviam poemas e lançar um livro, mas no fim das contas a idéia não saiu e a sociedade dos poetas mortos foi desmanchada. Enfim, por hoje vai ser só isso mesmo. Estou terminando de traduzir primeiro capítulo de Viemannin wa Utau, provavelmente passe pro Fenrir editar hoje ou amanhã, então no fim de semana espero ter um capítulo pra lançar pra vocês! Tenham todos um bom dia!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Dama da Noite


Ela demorou pra abrir mais do que eu imaginei, mas não é como se eu me importasse, ela estava linda.
Como o nome já diz, ela só abre de noite, logo só pude tirar as fotos de noite, a iluminação não estava lá grandes coisas, mas eu achei q a foto ficou muito boa.
Não deu pra fazer muita coisa, a internet não está ajudando, meu tempo não está ajudando e as pessoas ao meu redor não estão ajudando. No fim das contas a culpa é minha pelas escolhas q eu faço.
Esses dias encontrei uma música q eu tenho faz muito tempo. Por mais incrível q pareça eu vi uma ligação entre a letra dela e o q estou passando agora. Eu sempre faço isso, minha vida tem q ter trilha sonora.
Pintei as unhas. Não costumo fazer isso, mas na TV disseram q fortalece e fortifica, então vale a pena tentar. Mas a verdade é que eu estou me sentindo uma perua. Acho q escolhi a cor errada. Semana q vem eu vou por um vermelho, acho q aí sim vou aguentar.
Só avisando, saiu capítulo novo de Vivendo ao Acaso. E se alguém quiser ver mais fotos, depois eu edito com um link pra elas, pq agora minha internet tá de mal de mim.
Pra terminar com chave de ouro, as coisas entre o Arthur, a Renata e eu não poderiam estar melhores. Sinto q posso voltar a ser o pilar que um dia eu já fui, pois meu chão agora é formado por mais que uma pessoa, e eu sei q essas pessoas vão me dar força pra continuar lutando. Obrigada.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Árvore Dourada

Capítulo 1: A Batuta que Rege o Mundo
Dizem que, há muito tempo, houve uma mulher chamada Aurora e seu pajem, Cratos, que viviam compondo músicas e melodias em um céu infinito, cheio de estrelas. Foram felizes assim por muito tempo, até que Aurora começou a se sentir solitária por não ter ninguém além de Cratos para ouvir sua música. Percebendo que algo incomodava sua mestra, Cratos pôs-se a pensar em um modo de animá-la e, utilizando as fagulhas de uma estrela, criou um monte de terra que moldou com as mãos para que se tornasse lisa e redonda. Nesse pedaço de terra criou variadas criaturas e chamou por Aurora para que ela pudesse tocar para eles. Aurora ficou maravilhada e tocou sua música para os animais que ali estavam com todo seu coração. Mas os animais estavam muito agitados com a vida que tinham acabado de receber e não demorou muito até que se dispersassem. Cratos então criou árvores e vegetação, que responderam à música criando o vento, que agradeceu fazendo as folhas das árvores farfalharem e acompanharem a música. Aurora ficou feliz e decidiu que também iria criar algo naquele pedaço de terra. Começou a mover a terra, formando buracos e montes, então encheu os buracos com água e cantou para ela, que respondeu criando vida dentro de si. Enquanto isso, Cratos moldou os montes de terra e criou montanhas, que também escutaram a canção de Aurora e responderam criando dragões, criaturas gigantescas e fortes que voaram pelo céu e se espalharam pelo mundo. Aurora ficou feliz e achou que aquilo era bom. Decidiu viver por ali e criar mais coisas que pudessem apreciar sua música.
Com o tempo, a água começou a aumentar e se espalhar, criando oceanos e rios. O vento se encontrou com as montanhas e fez com que as fagulhas de estrela se juntassem, criando uma grande bola de luz que foi colocada a uma distância segura daquele mundo por Cratos. A luz refletia no vento e tingia o céu de uma cor clara e bonita, de forma que Cratos e Aurora não podiam ver as estrelas. Então Aurora mandou que a terra girasse em torno de si mesma, para que pudessem continuar a ver a luz do dia e a luz das estrelas.
Tudo ia bem até que os animais começaram a se reproduzir. Cratos, que já nutria sentimentos por Aurora, decidiu tentar transmiti-los da mesma forma que os animais estavam fazendo. Naquele dia, enquanto ela cantava para as águas, ele a tomou em seus braços e a possuiu. As lágrimas dela que caíram na terra criaram os primeiros humanos e as que caíram na água criaram os sereianos. Cratos estava feliz por finalmente ter demonstrado seus sentimentos, mas se sentiu culpado ao vê-la chorar e voltou para seu antigo lugar entre as estrelas. Aurora continuou vivendo na terra, sem saber o que sentia por Cratos. Assim foi até que seu filho nascesse. Deu a ele o nome de Thirar, o entregou aos humanos e, tendo percebido seus sentimentos por Cratos, voltou para as estrelas para ficar junto dele. A criança cresceu e se tornou rei daquele mundo, dando a ele seu próprio nome. Sua vida foi mais longa que a de qualquer humano e seus descendentes formaram o que mais tarde seria conhecido como o povo ancião.
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Neste mundo, onde tantas criaturas mágicas vivem, espalhou-se uma lenda sobre uma árvore dourada que, segundo alguns dizem, foi plantada pela própria Aurora como agradecimento às árvores e aos vegetais por terem sido os primeiros a apreciarem sua música. Esta árvore em particular nunca perdia suas folhas, dava frutos em intervalos de tempo de aproximadamente quinhentos anos e guardava os segredos da vida. Seu fruto era carnudo e suculento, grande o suficiente para alimentar duas pessoas e não possuía caroços nem apodrecia. Apenas descendentes de Cratos e Aurora podiam tirar qualquer coisa que fosse daquela árvore. Por isso, o povo ancião viveu por muitos anos aos pés daquela árvore, cuidando e protegendo-a de invasores.
Os anos se passavam e cada vez mais o mundo se via mergulhado na guerra e no caos. Os povos não conseguiam viver em paz, os dragões que antes viviam apenas nas montanhas passaram a atacar vilas e vilarejos, por vezes destruindo reinos inteiros. Temendo ataques à árvore o povo ancião colheu os três frutos que ela havia produzido, conjuraram um encantamento de proteção nela e partiram sem olhar para trás. Decidiram plantar, enquanto caminhavam, os frutos para que algum dia outras árvores nascessem e outras pessoas pudessem encontrá-las. Então, de tempos em tempos, um dos anciões cuidadosamente punha sob o solo um dos três frutos, sempre na mesma hora. Uma foi plantada perto de um riacho por onde eles estavam passando e a ela foi dado o significado do fluir da vida, por esta estar sempre seguindo um rumo certo, mas que por nós não é conhecido. A segunda foi deixada no meio de uma floresta, onde uma ave fênix estava construindo ninho. Decidiram que representaria então o nascimento, lembrando a capacidade desta ave de sempre renascer de suas cinzas. A última, por sua vez, foi plantada beirando um caminho de pedras negras como uma noite sem estrelas. Para esta foi dado o significado da morte, já que as pedras não contêm nenhum resquício de vida e já que atribuíam à cor preta o luto e o vazio. Aquelas árvores, diferentemente de sua geradora, produziam frutos todos os anos. Estes podiam ser colhidos por qualquer pessoa e apodreciam depois de um tempo. Quando vez ou outra alguém encontrava a árvore e tentava arrancar uma das suas folhas ao invés de tentar se alimentar de um de seus frutos, como mágica, elas perdiam seu brilho dourado e se tornavam opacas, se desmanchando no ar antes mesmo que a pessoa pudesse se afastar muito.
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Era uma época difícil. As guerras continuavam entre alguns reinos e mesmo entre aqueles que não participavam das batalhas havia certa hostilidade. Alguns dragões ainda voavam pelo céu, trazendo medo aos que só haviam ouvido falar seus feitos e dor aos que tinham sido vítimas de algum ataque. É no meio desta era turbulenta que a história do reino de Fleurish se entremeia à lenda das árvores douradas.
Após um ataque de um dragão o reino de Fleurish perecera. Os poucos sobreviventes tiveram que se refugiar aos pés da montanha que antes lhes abrigava e ver, de longe, as labaredas de fogo tragar o belo castelo onde viviam. O rei na época, Lucius, resolveu que seria bom que refizessem o castelo em uma das planícies que havia não muito longe dali. Não queria que seu povo sofresse com o rigoroso inverno que estava se aproximando. E assim foi feito.
Construíram um reino bem menor, mas ainda assim suficientemente grande para abrigar todos que haviam sobrevivido. Passado o inverno o rei decidiu fazer um reconhecimento pelas redondezas, procurar os reinos vizinhos e avaliar se haveriam possibilidades de estabelecer um novo reino ali ou se deveriam procurar outro lugar. Foi em uma de suas cavalgadas que encontrou uma das árvores por acaso e ficou maravilhado. Achou que seria uma boa idéia se utilizasse as folhas douradas para selar um acordo de paz entre os reinos, então se ajoelhou e sussurrou para a árvore, como que numa prece. Dez folhas se desprenderam de sua copa e foram pousar suavemente ao redor do rei. Quando ele as recolheu elas não se tornaram opacas, nem se desmancharam no ar. Naquele mesmo dia ele começou uma peregrinação pelos feudos, entregando para cada rei ou rainha uma folha dourada como selo de um acordo de paz. Quando era indagado sobre a origem das folhas ele dizia que pertenciam a uma árvore mágica, mas pouco se acreditava no que ele dizia. A Fleurish daquela época era muito conhecida por seus maravilhosos artigos, feitos em ouro, logo achavam que as folhas haviam sido feitas por algum artesão. Mas eram lindas e brilhantes, macias e leves. Devia ter dado algum trabalho para sua confecção, pensavam, logo aceitavam de bom grado. E não era uma má idéia aceitar um tratado de paz naqueles termos.
De volta a Fleurish pensou que poderia enriquecer seu reino novamente se conseguisse mais folhas, mas mesmo tendo seguido a risca todo o caminho feito na primeira vez, por mais que tentasse não conseguia encontrar a árvore. Tudo poderia se passar por um sonho se não fosse pela folha dourada estar ao alcance de sua mão para confirmar que realmente tinha acontecido.
Alguns reis de algumas nações mais antigas que conheciam melhor a lenda das árvores douradas acreditaram na versão da árvore mágica que o rei Lucius contara e iniciaram jornadas para que se encontrasse pelo menos uma das árvores. Os cem anos seguintes seriam marcados não por guerras, mas por buscas secretas e infindáveis às árvores, um período conhecido como a caçada ao ouro verde. Sem sucesso, com o passar dos anos a existência delas foi desacreditada, sendo passada às gerações seguintes novamente como uma lenda. Os anos foram divididos em dois períodos, o anterior ao tratado de paz que seria conhecido como a era de Cratos e o período pós-guerra, a era de Aurora.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Desabafos de Quarta-Feira

Tem tantas coisas que eu quero contar pra todo mundo. Vou começar por uma novidade boa: eu vou começar a escrever uma estória. O nome é "A Árvore Dourada" e fala, basicamente, sobre uma jovem rainha em busca das três árvores douradas que, segundo a lenda que sua mãe contava quando era criança, simbolizam os três estágios da vida, nascer, viver e morrer. Ainda não decidi o que ela vai conseguir quando encontrar todas as árvores, mas acho que até chegar nessa parte da estória já terei alguma idéia mais concreta. Pensei em postar o primeiro capítulo hoje mas achei q seria mais legal fazer uma pequena introdução antes.
Ontem eu estava conversando com a pessoa que eu gosto e ele estava quotando o que um amigo nosso estava dizendo. No meio disso tudo saiu uma frase que está me atormentando até agora, "A Abydala é sua mina e a Luna é." Não sei se ele editou a frase de propósito ou o que mas não tive coragem de perguntar o que eu era, e agora não consigo me acalmar por conta disso. Só espero que a Aby não venha aqui e leia isso.
Tenho uma amiga espírita chamada Lucimar. Um dia, reclamando com ela sobre meus sentimentos negativos ela me recomendou fazer um caderno com alguns tópicos, um para cada semana. Minha função é refletir sobre cada tópico, um a cada semana, e escrever como aquele tópico me influencia, mesmo que naquela semana especifica ele não tenha sido um problema. O primeiro era sobre educação, o dessa semana é sobre humor (e eu já escrevi meu relato). Amanhã começa o terceiro tópico, sobre irritação. Já prevejo problemas lidando com ele, pois sou bem irritadiça.
No último fim de semana sai com alguns amigos. Nesse fim de semana queria sair de novo, mas com meus outros amigos. Percebi que há uma grande diferença entre os tipos de amigos. Será que isso é ruim? Não sei. Mas é engraçado pensar que não consigo falar sobre certos assuntos com alguns amigos enquanto com outros não tem problema.
Para terminar, provavelmente hoje de noite eu tenha uma doce surpresa. Se a chuva não atrapalhar vou tirar fotos e postar amanhã junto com um review de Cisne Negro. Se não for a foto e o review será o primeiro capítulo da estória. De qualquer forma, amanhã eu volto!
Que todos tenham um bom dia!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Nina - histórias fictícias de uma vida real


Oi, voltei de novo! Com mais uma propaganda... digo, divulgação de fanzine! Nina, vai!
Nina tem um traço bem mais infantil comparado às minhas duas últimas recomendações. Otakus, usuários de óculos, pessoas que gostam de coisas fofinhas e fãs de humor provavelmente vão gostar. Se você se encaixa em todas as opções acima (como eu), então vai amar. São várias estórias pequenas em formato quadrinho, leitura ocidental, capa colorida. Não lembro quanto foi, pois comprei no Anime Friends do ano passado, não no Anime Dreams, logo também não sei dizer se houve aumento de preço.
O site deles é o Amai Company e tem vários outros trabalhos, pelo que eu entendi, todos da Mari Casimiro. Perguntei pra pessoa que estava no estande (não sei se era a própria Mari) quando sairia o próximo e me disseram que é anual, logo o próximo só vai sair no Anime Friends desse ano. Tanto tempo!
Encerro por aqui hoje. Ainda tem outro fanzine que eu quero comentar, mas não estou achando agora, então vai ficar só pra quando eu achar mesmo. Estamos no fim de semana já, então esperem novidades minhas só na semana que vem.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Vidas Imperfeitas

Mais uma propaganda de um dos fanzines que eu comprei no Anime Dreams, dessa vez vou falar de Vidas Imperfeitas.
Com o desse último evento somam 4 números. Gosto muito do traço e também da história. Existem algumas partes bem sinistras ainda, mas acho que é assim mesmo, afinal, está só no número 4. Tem em torno de 30 páginas e eu não lembro quanto paguei, mas juro que vale a pena. Os detalhes podem ser encontrados no Deviantart da desenhista, que se chama Mariana Cagnin e que é aqui de São Paulo. Sites e informações:
Conforme ela vai lançando mais números o anterior é sendo disponibilizado para download no Deviantart, mas se puderem, comprem! É tão raro encontrar gente com essa qualidade de trabalho aqui no Brasil que realmente me faz querer apoiá-la de todas as formas possíveis.
E só como lembrete, saiu capítulo novo de Vivendo ao Acaso! Até o próximo Review!