sábado, 23 de setembro de 2017

Psyduck usou confusão!

Fazem alguns dias que eu ando jogando Pokémon Moon. Eu poderia estar jogando Pokémon Go, mas para isso preciso de um celular novo que não estou disposta a comprar ainda. O mês que vem é o último que eu tenho pra fazer dívidas no cartão com 12 meses de prestação, já que, infelizmente, em Outubro do ano que vem acaba meu contrato no IBGE. Isso nos leva a vários problemas que estou enfrentando nesse momento, e vou citar alguns deles. Logo vocês vão entender que confusão é um golpe mais potente do que parece.
Apesar de nos amarmos muito, eu e meu namorado andamos tendo tempos difíceis. Um dos motivos foi o golpe confusão que, após ter sido lançado nele, deixou ele confuso e sem saber o que estava fazendo por alguns vários dias. Foram dias tristes onde a gente discutiu, se irritou e ficou triste um com o outro. O pior é não saber direito o motivo de tudo isso estar acontecendo. Eu sei que não moramos perto o suficiente pra eu dizer q vou ali na casa dele ver como ele está e de lá ir pro meu setor, nem que posso dar pra ele tudo que ele quer. Eu acredito do fundo do meu coração que estou dando tudo que ele precisa. Até me dou a alguns luxos quando estou com ele, pois ainda trabalho e quero que ele se divirta. Nossas últimas conversas foram muito sérias, com temas como morar junto, filhos e dinheiro. Acho que por si só esses assuntos levaram à crise que passamos. Felizmente ontem, em algum momento do dia, entre a hora que eu tinha me decidido a encher a cara e a hora que eu estava ponderando ir pra casa ao invés disso, ele falou que sentia falta de falar comigo e, por algum milagre muito bem-vindo, ele voltou. Hakion has snapped out of confusion.
Essa seria a segunda semana que eu estaria presa na masmorra. Pra quem não sabe a origem do termo, deixem eu contar uma história curta. No ano de 2016 a chefia da agência era outra e, apesar de minha função ter sido bem definida como realizar a PNAD Contínua, eu ainda estava à mercê das vontades da chefia, o que significa que em Outubro do ano passado, quando eu finalmente poderia tirar minhas férias, fui “proibida” de ir na PNAD para ficar na agência e ajudar com as pesquisas econômicas anuais. Eu não sabia como a pesquisa funcionava mas as pessoas que naquela época lá trabalhavam eram gentis e ensinavam com boa vontade. Logo, com o tempo, eu consegui resolver alguns problemas. O que é importante de se apontar, no entanto, é que minha função não era ficar na agência. E me deixava profundamente triste ter que ficar na agência e ver meus dois companheiros de PNAD irem fazer as pesquisas sem mim. Castigo? Com certeza. Minha antiga chefia e eu tivemos inúmeros entreveros e com isso, por mais que digam que não, a relação ficou abalada. Este ano, no entanto, a chefia é outra. De todas as pessoas que lá estavam só sobraram eu e mais dois, cujos contratos vencem em fevereiro e julho do ano que vem. O meu também vence ano que vem, mas em Outubro. De qualquer forma, estávamos falando da masmorra. Eu passei uma semana inteira na masmorra, pois não tinha setor pra mim. Eu ficaria ainda mais uma semana lá não fosse pelo meu boss me dar uma função: tentar conseguir as entrevistas que todos nós sabemos que serão difíceis de se conseguir. Difíceis pois são em dois condomínios residenciais e em um prédio onde a maioria dos moradores trabalham no aeroporto. O resultado disso foi um dia da semana em que eu pude ficar em casa pra ir de noite no setor e que não foi aproveitado da forma que poderia, pois ainda estávamos sob o efeito da confusão.
Os moradores desse prédio em questão também parecem estar sob o efeito de confusão, pois eles te pedem pra ir no sábado de manhã e você é barrado já na portaria, pois, segundo o porteiro, “só interfonamos depois das 10 horas”. Você mora num condomínio e não sabe passar o horário de funcionamento da portaria dele? Que morador legal você é! Eu sei que a maioria das pessoas não devem saber essas coisas, mas ainda assim é um problema você ter que se indispor com um porteiro, pois eles são a sua comunicação direta com os moradores. Um porteiro sob o efeito da confusão não quis nem me deixar falar, logo, no dia seguinte, levamos um ofício pro condomínio e explicamos o que acontece quando você barra o IBGE. No dia seguinte, o mesmo porteiro me atendeu de uma forma totalmente diferente. O golpe jato de água foi super efetivo!
Durante as visitas presenciais fomos num lugar aqui de Guarulhos chamado Choupana. Esse era um lugar bem clássico que, por alguma razão, se mudou do lugar onde sempre esteve. Tem vezes que uma empresa não responder a pesquisa deixa a gente feliz, pois temos que fazer a visita presencial. Esse era um deles. A batida de morango com vinho deles é uma delícia e recomendo para todos que quiserem experimentar. “Quantas cervejas se pode tomar durante o horário de trabalho?” Nenhuma, meu caro. Em minha defesa, de lá íamos todos para casa. E foi ontem, o dia em que eu queria encher a cara. Eu encheria a cara com aquela batida sem nem reclamar, fácil, fácil.

Jogar pokémon, assim como jogar o jogo da vida real, é bem complicado. Às vezes você vai ficar queimado ou congelado, outras vai envenenar ou paralisar alguém, vai tentar fugir de lutas que não quer lutar e não vai conseguir, vai ficar confuso e vai errar em momentos cruciais. Mas todo status negativo passa, seja com o remedinho da caixa de cuidados ou com uma poção, toda vida é renovada seja num centro pokémon ou no conforto do seu lar. E quando você for um bicho selvagem, tenha certeza de ser capturado por uma pessoa que vai ser boa pra vc, mesmo que algum de vocês fique sob o efeito de algum status negativo. Mesmo que seus pontos de vida cheguem a zero. O que importa mesmo é continuar em frente, mesmo que seu objetivo hoje não seja o mesmo de amanhã. Continue.

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