sábado, 3 de março de 2018

Desculpe… e Obrigada - Parte II

Eu tenho a impressão que, por mais tempo que passe, algumas coisas são bem difíceis de mudar. Por exemplo, meu complexo de culpa, meu costume de me desculpar até mesmo quando não existe, de fato, uma culpa para ser apontada. Às vezes foi apenas alguma coisa que deu errado, mas foi só isso. E lá estou eu, me desculpando e me sentindo culpada. A Lucimar me disse uma vez que quando a gente não se mexe, chega uma hora que a vida vem e nos empurra com tanta força que nossa única opção é começar a caminhar, é se pôr em movimento, é começar a ser produtivo, útil. Depois do meu último post o Hakion veio falar comigo e confesso, foi uma das melhores conversas que tivemos em um bom tempo. Literalmente, já que não nos falávamos direito faziam alguns dias. Ele estava me pedindo vários dados para cancelar nossos vínculos e, no entanto, partiu dele a pergunta que nos aproximou de novo. Desde a semana passada eu sabia o que esse post seria, no entanto os acontecimentos desta semana mudaram e muito o rumo pra onde esse post vai. Antes eram tons de cinza, agora eu volto a ver cores nos meus potes de tinta.
Primeiramente amor, obrigada por ser sincero comigo e me dizer que vc ainda me ama. Eu também te amo. Me desculpa por insistir tanto quanto eu deveria mas existem momentos em que eu também me canso. Obrigada por tudo que você me proporcionou na segunda, pois cada um daqueles momentos foi muito, muito importante pra mim. Eu não sei se vc percebeu, mas caso tenha, desculpe por ter chorado um pouco no fim do dia. Me dói partir, principalmente por não saber quando vai ser a próxima vez q eu vou te ver. E eu sinto a sua falta. Me sinto tão carente quanto vc, acredite.
Também quero agradecer por você ter conversado um pouco comigo sobre as coisas que você fez enquanto a gente não estava se falando. Desculpe se eu não tinha nada tão empolgante pra te contar também, mas confesso que passei vários dias tentando um contato que não se realizava da forma como eu queria. Desculpe por ser pessimista e por esperar tanto que você me dê pistas do que fazer. A verdade é que tem vezes que eu me sinto bastante perdida e sem saber o que fazer sobre você e até mesmo sobre mim também. Como disse a Chise no último episódio que assisti, “existem coisas que os humanos não entendem neles mesmos”. Às vezes eu realmente preciso que você me diga o que fazer. Se você não souber, tudo bem. A comparação que fiz com um cachorro ainda é válida, eu só preciso que você permita que eu fique aqui. Eu sei que o aqui que eu posso te dar não é o aqui que você queria, desculpe por isso, mas é o que posso oferecer neste momento.
Obrigada por, logo após uma partida em que você disse que todos estavam tiltados, ter jogado comigo e parecer ter se divertido. Eu sei que eu me diverti, espero que você também tenha. Desculpe se às vezes eu saio depois de algumas partidas, mas eu resolvi adotar essa atitude de me afastar de você quando você está ficando muito irritado, pois isso me faz mal. Obrigada também por ter dito, depois de alguns momentos “de revolta”, que ainda me ama. Por mais que eu saiba eu realmente gosto de ouvir, de ler, de saber. É um sentimento muito bom. Obrigada por ser a pessoa a me proporcionar essa sensação. E obrigada por me permitir ainda te chamar de amor, mesmo que nossa situação atual não seja a de namorados.
Desculpe se eu quero esperar você ter um emprego antes da gente reatar. Desculpe tbm por, naquele dia em que você perguntou se a gente tinha voltado por acaso depois de eu ter te desejado “boa noite amor”, ter dito que não mesmo que minha vontade fosse de dizer sim. Desculpe por ter passado num concurso que eu recebo menos do que recebo hoje. Desculpe por não poder nos dar uma casa pra gente poder morar junto logo de uma vez. Desculpe por não insistir tanto quanto acho que você gostaria que eu insistisse, mas não sei quanto é o aturável de insistência pra você e não quero que, com minha insistência, você fique se sentindo pior do que estava no início de nossa conversa. Desculpa se faço perguntas demais, mas você me disse que eu não devia assumir as coisas. Desculpe também por, apesar de fazer tantas perguntas, ainda assumir algumas coisas erradas.
Por fim, quero agradecer por você ser quem é, por ter me dado algo que querer pro meu futuro e por estar aqui. Eu sei que, pra você, esse aqui não é o bastante, mas eu sei que é o que posso ter, então, por enquanto, eu vou fazer de conta que basta pra que a gente consiga viver e, um dia, realizar tudo que planejamos. Juntos.

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