sábado, 8 de abril de 2017

Incoerências

Eu tinha várias coisinhas que podia falar na semana passada, mas a verdade é que tudo girava em torno do mesmo problema, e eu não queria citar problemas. Então, nesta semana, várias outras coisinhas aconteceram, também em torno do problema. O que faz com que eu seja um tanto quanto forçada a falar a respeito, ou vou acabar ficando sufocada por tudo isso. E eu nem sei por onde começar.
Outro dia estava no Discord e começamos a falar sobre generalizações. É difícil falar de generalização pois sempre haverão os que dirão que é injusto generalizar, pois existem exceções. Todos nós sabemos que existem, mas também sabemos que existem os exemplos, Lembro que certa vez, quando vi que os ídolos da adolescência de hoje são pessoas como o Neymar, o Justin Bieber e certas outras figuras da mídia que, em minha humilde opinião, são de mau caráter, lembrei da época em que eu era jovem e não tinha tanto acesso à informações, e como os nossos exemplos eram... bem, não vou dizer perfeitos, pois não o eram, mas com certeza ganhavam e muito dos de hoje. Então, como posso querer que o futuro do mundo seja melhor do que a época em que vivi se os exemplos que eles têm são tão quebrados? E pensar que toda essa conversa começou quando eu disse q a maioria das mulheres dizem ser cruéis com os homens que amam pois, dessa forma, fazem com que eles continuem interessados. E como eu não me encaixo nesse quadro.
Eu andei muito triste de uns tempos pra cá, no entanto fui visitada pela minha prima que me deu um boost bem grande em vários pontos da vida que eu acho que posso por em prática para que minha vida, aos poucos, melhore. Não precisa ser agora, mas se eu conseguir fazer algo por mim mesma, serei mais feliz, com certeza. E isso nos leva ao outro fator que me deprimiu bastante nesses últimos dias. Fui beber com meu parceiro de copo, coisa que já não fazíamos há tempos. O problema é que tive a nítida impressão de que haviam coisas dando errado. E elas realmente deram errado. Começaram bem mas no decorrer da conversa, um assunto foi mencionado e desse assunto houve o comentário de que eu sou "mimada". Mimada com certeza é algo que eu não acho que eu sou. Logo eu? Confesso que nunca passei necessidade na vida, mas isso não significa que tive tudo que quis, e isso com certeza me ajudou a ter um bom caráter. O que machucou mais, acho, foi que em conjunto com essa nomenclatura ele mencionou como certa pessoa se arrependeu "daquele sábado". Oras, não é como se eu não soubesse, ele disse, não é mesmo? Que se soubesse das minhas intenções, não haveria sábado. E a verdade é que, hoje, eu me esforço pra esquecer aquele dia. Sejam as boas lembranças como as ruins, pois se engana quem pensa que aquele dia foi um mar de rosas. Não foi não. Muito pelo contrário, saber que ele possuía fotos de uma certa pessoa de uma certa forma fez com que eu me sentisse realmente não amada. Por ele, especificamente. Sempre voltava aquela sensação de que ele transaria até com uma árvore se a árvore lhe parecesse sexualmente atraente. Mas não comigo. Eu sou o único ser na face da terra por quem ele nunca vai sentir essa atração. Seremos eternamente amigos. As mensagens que ele insiste em me mandar toda semana mostram isso. "Como você está?" ele perguntou... Como ele achava que eu estaria? Bem? Que já estaria apaixonada por outra pessoa ou que já teria, ao menos, esquecido dos meus sentimentos por ele? O domingo sim é o dia que eu nunca esqueço. A forma como ele disse que saber que eu nunca superei afasta ele de mim, sendo que ele já estava de partida para Minas Gerais. Ter finalmente aceito que eu nunca mais veria ele, que se eu não falasse com ele, ele também não me procuraria, só para, bem no dia seguinte de ter tomado essa decisão, ter que lidar com ele aparecendo e dizendo oi. Isso, pra mim, seria classificado como tortura. Por que ele não pode ser como o Brenno, que entendeu que eu precisava de um tempo longe dele e me deu esse espaço? E esperou que eu me aproximasse novamente? A última que ele me aprontou foi dizer que eu adoraria a cidade. Mesmo que eu venha a adorar a cidade, não espere que eu vá, pois eu não pretendo ir. Não hoje, não amanhã e, se depender de mim, não esse ano. Talvez no futuro. Bem futuro. Hoje, definitivamente, não.
A última coisa que deve ser mencionada é como a bebedeira, apesar de ter me deixado bastante pra baixo, ajudou em coisinhas mínimas que eu nem imaginava que ajudaria. Ouvir o povo do Discord dizer que eu devia ir pra Curitiba pra gente encher a cara foi engraçado. Ouvir que, como opção de onde ficar, eu podia ficar na casa de outro deles e que a mãe, ao ver uma mulher na casa dela, pensaria "meu filho não é gay", entre outras coisas que aconteceram, foi muito bom e muito divertido. O que significa que, no fim das contas, coisas ruins se tornam coisas boas.
Já dizia o senhor Gilson, eu já sobrevivi a coisas piores, vou passar por isso muito bem. E ele tem razão. Quando penso em tudo que passei e em tudo que perdi, vejo que eu realmente sou uma pessoinha forte. Não que eu esteja me gabando disso, mas às vezes é legal ver que temos uma qualidade que não acreditamos que temos. Eu nunca me acho forte, até olhar pra trás e ver tudo pelo que passei. Se isso não é ser forte, então nunca saberei o que é.

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