sábado, 14 de janeiro de 2017

Fins e Recomeços

Vou ser bastante sincera, dezembro de 2016 foi um mês inesquecível em vários níveis e não de uma forma boa. Tive problemas com meus chefes, tive problemas sentimentais, tive problemas familiares mas, acima de tudo, não queria viver. Não que eu quisesse morrer, vejam bem, existe uma diferença entre querer morrer e não querer viver. Você tenta suicídio quando quer morrer. Quando você não quer viver você simplesmente pára de se importar consigo mesmo, você para de se importar com os outros, com o que está acontecendo ao seu redor. É como o botão do foda-se, mas você não liga ele para os outros e sim para você mesmo. Demorou para eu perceber que estava com problemas pois para mim mesma foi difícil perceber a pasmaceira em que eu me encontrava. Me magoei, me machuquei (não propositalmente), mas sobrevivi. Nesse momento, devo dizer que tirar férias é uma das coisas mais importantes da vida. Lembro de quando eu estudava e pensava que não via a hora das férias chegarem, só para, quando estava de férias de fato, pensar que queria que elas acabassem logo. O paradoxo chamado férias!
Mas permitam-me contar um pequeno relato que aconteceu pouco antes das férias. Existe uma pessoa que eu estava evitando, isso era óbvio. Minha psicóloga me disse que eu podia contar com ele "pelo menos como amigo", o que fez com que eu o procurasse e tivesse uma resposta negativa por parte dele. Tudo bem, eu entendo quando não querem falar comigo. Posso respeitar isso. Eu não sei o que foi que fez ele mudar de ideia e me ouvir, talvez tenha sido o fato de eu ter mencionado o que a Magliani me disse, mas não vêm ao caso. O importante é que ele finalmente me ouviu! Fomos sinceros um com o outro e isso me fez bem. Ao ponto de eu perceber, por duas semanas consecutivas, que tudo bem se for ele se preocupando ou se for ele me questionando. Ele pode, eu não. Faça o que eu digo mas não faça o que eu faço! Posso aceitar isso e continuar te amando.
Minhas férias se resumiram a ficar em casa jogando vários jogos e ir no cinema. Inclusive foi graças a ficar jogando que descobri que meu computador precisa ser formatado. Tristeza é uma palavra que vêm à minha mente quando penso nisso. Mas não vamos pensar nisso, vamos pensar nas pessoas com quem passei as férias. Foi bom poder viver as últimas 3 semanas com vários amigos que fazia tempo que eu não podia aproveitar a companhia por vários motivos. Foi bom poder descansar e não pensar em nada ao invés de ficar planejando e criando expectativas de coisas que, provavelmente, não aconteceriam. Quando meus planos dependem só de mim, tudo bem, mas quando dependem dos outros, começa a se tornar um problema. Eu não controlo os outros, nem tento forçá-los a fazerem o que quero. Pedir é o que faço. O problema é que pedir significa que o outro tem a opção de dizer não. Então comecei a perceber o quanto me apoio sempre nas mesmas pessoas e o tanto de amigos que tenho. Não preciso mendigar atenção sempre pras mesmas pessoas. Posso fazer isso acontecer de uma forma que ninguém nem perceba que estou com tantos problemas assim, é só fazer uma distribuição apropriada.
Voltei a trabalhar ontem. Plena sexta-feira 13. Quando vi, pensei que era uma pegadinha do destino, mas não era. Então voltei pro trabalho com uma lista enorme de coisinhas que eu podia fazer para passar o dia na agência sem ter que conversar com os outros. Determinações, meus caros. Se você não pode vencer seus inimigos e não quer se unir a eles, não os encare de frente. Minha decisão para esse ano é que preciso mesmo manter mais o meu silêncio, pois a única responsável pelos meus problemas sou eu mesma. Sendo essa máxima verdadeira, o que posso fazer para não criar mais problemas? Sim, pois os problemas que já aconteceram, aconteceram. Não se pode apagar o passado, mas se pode mudar o futuro!
Era o que eu queria dizer e fazer, no entanto, fui surpreendida novamente quando meu chefe me disse que iríamos aos setores naquele mesmo dia para adiantar o trabalho das aberturas. Discutir pra quê? E foi quando percebi algo triste: mudou o ano, mas as atitudes e as reclamações continuam as mesmas. A pergunta nesse momento é se quero fazer parte da mesmice ou se quero mudar. Não foi uma pergunta difícil de achar a resposta.

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