sábado, 28 de outubro de 2017

Eu e Animes

Eu sou uma pessoa que lê muito, sempre fui, no entanto, apesar de quando menor ter um hábito maior de ver TV, conforme o tempo passou, ele deu lugar a outras formas visuais de entretenimento. Eu poderia falar de cinema, mas nós já falamos de cinema às segundas, então vou falar de animes. Verdade seja dita, eu não assisto tantos deles assim e, na maioria das vezes, os que assisto são de muito tempo atrás que eu descubro de alguma forma. O último anime que eu assisti acompanhando conforme ele ia sendo lançado foi Erased, ou Boku Dake Ga Inai Machi. Para se ter uma ideia de como eu gostava daquele anime eu assisti o último episódio no trabalho enquanto não tinha ninguém na agência. As primeiras pessoas iam chegando e me vendo lá, aos prantos, mas nem perguntaram nada, pelo que agradeço. Como explicar pra uma pessoa do seu trabalho que um anime te fez chorar? Ou pior, que você estava assistindo ele durante o expediente? Até tentei explicar dele pra uma de minhas colegas que não conseguiu se segurar e, em dado momento do dia, perguntou se eu estava bem. Expliquei sobre o anime e ela me disse que era “muito drama pra um desenho”.
Vamos esclarecer um ponto importante sobre animes e animação japonesa em geral… Diferente de desenhos animados infantis, onde você espera que eles mostrem lições de moral simples pra que seu pimpolho aprenda a lidar com o mundo, animes são coisinhas bem mais selvagens, que te atingem de todos os lados e de formas diferentes de pessoa pra pessoa. A cultura japonesa em si é muito rica e os japoneses, graças ao bom Kami-sama, usam muito dela, seja usando suas lendas, seu folclore, seus costumes, até sua culinária! Nesta temporada está tendo mais uma temporada de Shokugeki no Souma que é, nada mais nada menos que um anime onde os estudantes lutam usando a culinária. E é divertido, pois você vê o pobre personagem principal que tem um pai excepcionalmente bom no que faz, querendo se comparar a esse pai e sendo mandado pra uma escola de elite para expandir seus horizontes culinários. Basicamente, um crescimento pessoal. E é bom! Só é um pouco frustrante você acompanhar um anime no seu lançamento pois os episódios são lançados semanalmente. E eu não estou reclamando pois também já assisti um anime que falava exatamente dessa produção, a de animes, e mostrava como é difícil e complicado fazer com que as coisas funcionem. Chamava Shirobako e contava a história de algumas meninas que, desde que estudavam, tinham um sonho: o de produzirem um anime juntas.
Minha nova paixão nesse universo é um anime “da temporada” (sim, pois existem temporadas). Chama Mahoutsukai no Yome e conta a história da Chise, que teve um passado bem traumático, ao ponto de se vender como uma mercadoria e ser comprada por um mago para ser sua aprendiz e noiva. Existem vários fatores que fazem a trama ser grossa, como um encontro com dragões no terceiro episódio, que aliás foi o último lançado. O próximo sai hoje e eu estou pensando seriamente em assistir assim que chegar em casa ao invés de jogar league pra completar as missões do mundial que me faltam da semana.

Minha colega de trabalho chama de drama. Eu vejo como desenvolvimento de personagem, de caráter, de habilidade. Você não vê um anime onde esse tipo de traço não apareça. Mesmo os animes mais “populares” e conhecidos, como Dragon Ball e Naruto seguem essa vertente, e eu acho muito bonito ver isso. O crescimento humano. Talvez seja porque, de alguma forma, eu consiga me relacionar com os personagens até certo nível. Minha psicóloga me dizia que minha empatia é num nível um tanto quanto absurdo, mas não é como se isso me incomodasse. Eu ainda acho lindo ver, na abertura do anime, a cena em que a Chise está rodopiando no ar envolta por luzes que se erguem e cobrem sua visão dela. Tenho grandes expectativas desse anime e, provavelmente, eu faça como fiz com Donten ni Warau, que fui atrás de ler o mangá pois não aguentava de ansiedade pra saber o que ia acontecer no final. É bom quando o anime tem uma certa fidelidade ao trabalho original, mas sempre é bom ler o trabalho original pra se ter uma ideia de algumas idéias e sentimentos e pensamentos que o desenhista quis transmitir que não nos são passados no anime. E estamos apenas indo pro quarto episódio...

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