sábado, 10 de junho de 2017

Medo

Verdade seja dita, todas as pessoas têm medo de alguma coisa na vida. Viver, morrer, casar, divorciar, namorar, estar sozinho, mudar de emprego, perder o emprego. Existem medos que a pessoa não tinha quando era criança, como por exemplo nadar, e que se desenvolveram com o tempo e a vivência. Pelo simples fato de que você perde a inocência de criança e começa a conhecer os medos reais do mundo. Ou mais simples que isso, você deixa de acreditar nas suas capacidades. Já existem medos que você tem quando pequeno, como medo de escuro, e que se perdem com o tempo seja por você ter entendido que não existe nada de ruim que vai sair do escuro ou seja porque seu abajur resolveu parar de funcionar e você se acha muito adulto pra continuar dependendo dele, e resolveu vencer o medo de escuro. Já existem medos que te acompanham desde criança e que mesmo você tendo crescido, ainda estão com você, pois você não conseguiu enfrentar esse medo. Como o medo de altura, quando você vai, por exemplo, atravessar uma passarela e vê os carros passando lá embaixo. Ou o vento sopra. E por algum motivo bizarro, mesmo que você não pense nisso, você tem a sensação de que vai cair a qualquer momento. Me pergunto se todas as pessoas que morrem atropeladas na dutra escolheram arriscar a vida no chão do que atravessar uma passarela por terem medo de altura. Pensei nisso agora, enquanto escrevia. A vida tem dessas também.
No curso de autoconhecimento falaram com todas as letras que uma das coisas na vida que mais nos impede de viver é exatamente o medo. Meu medo mais recente é o de dar certo. E de dar errado. E de machucar alguém por conta das minhas experiências de vida, que apesar de não terem sido tantas assim, me trouxeram aonde estou hoje e fizeram de mim a pessoa que sou hoje. Com meus medos e defeitos e qualidades e força. “Se você sente medo não se permite viver”. É verdade. Estou me permitindo tentar mas não significa que o medo não está lá. Hoje tenho que ter uma conversa muito importante com uma pessoa e isso pode ser bom ou ruim. Estou morrendo de medo mas sinto que se não fizer e deixar que as coisas continuem como estão, ambos vamos nos machucar muito. Eu ia adicionar um “no fim, pois tudo sempre tem um fim”, mas esse pensamento também foi fixado em mim pelo fato de eu ter medo de continuar tentando. Eu poderia apontar dedos e culpar pessoas e situações e sonhos entre tantas outras coisas que existem no mundo real e no imaginário para justificar cada um dos meus medos, mas isso seria dar mais força para cara um deles. E não é isso que eu quero. Quero poder viver feliz. E mesmo que eu sinta medo, quero poder ter a força suficiente para não permitir que esse medo estrague minha vida.
Neste exato momento, mais que com medo, me sinto ansiosa. Tenho várias coisas que preciso fazer. Tenho várias coisas que preciso dizer. E tenho medo, muito medo do resultado de tudo isso. Hoje, muito provavelmente, será um divisor de águas. Os ponteiros do relógio se movem. E eu também preciso me mover. Para mim e para você que lê meu blog, deixo essa mensagem: Com medo ou sem medo, só vai.

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