sábado, 15 de dezembro de 2018

Bagunça

Vamos falar a verdade, não existe, que eu tenha visto, lugar mais bagunçado que meu quarto. Eu sei encontrar várias coisas no meio da bagunça pq ela não é algo recente, muito pelo contrário, é algo crônico. Não é assim por eu gostar mas sim por ter dificuldade de me desprender das coisas. Toda vez que resolvo limpar alguma parte do meu quarto consigo tirar pelo menos uns dois sacos de mercado de coisas que podem, sem dúvidas, ir pro lixo. Mas e o resto? O resto é um pouco de várias coisas que foram perdendo sua utilidade com o passar do tempo. Tenho uma estante cheia de livros e outra cheia de mangás. O problema é q tanto os livros quanto os mangás ocupam cerca de uma prateleira dessas estantes. O resto é cheio de outras coisas. Em uma tenho uma barsa, pois sou antiga a ponto de ter precisado de uma dessas. Existe um cesto enorme cheio de bichinhos de pelúcia que está em cima de uma cômoda que está em cima de outro móvel há não sei quanto tempo já. Em cima desse mesmo móvel existem várias caixas, pq eu resolvi separar as coisas em caixas, no entanto existe uma dessas caixas que eu não faço a menor ideia do que tem dentro. Também tem várias outras caixas em cima da cômoda, mas não mexo nelas também. Existe uma pilha de roupas que eu não coloco no meu guarda-roupas pelo simples fato de eu saber da existência de um rato no meu quarto e de eu não querer que, por essas roupas estarem no guarda-roupa, fiquem cheias de furos. Sim, pois ele rói minhas roupas, já tive roupas roídas por ele, então sei do que estou falando. Por conta da existência desse rato, meu armário é praticamente de enfeite. Não que ele não tenha nada dentro dele, pelo contrário, tem sim, mas eu não me atrevo a mexer nele. Então tem as pilhas de coisas espalhadas pelo chão mesmo. E o baú de linhas. E os sacos de linhas. E as linhas de malha.
Estamos chegando ao fim do ano e olho ao meu redor. Sinto uma tristeza, confesso. Penso que vou conseguir me livrar de toda essa bagunça mas sei que não é verdade. Não vou vender as linhas sem tecê-las, pois quero poder ganhar dinheiro com os trabalhos que fizer, mesmo sabendo que moro em Guarulhos e que nada de artesanato é valorizado como deveria aqui. Não vou me livrar de todos os papéis pois vou pensar em todos os origamis que posso fazer com eles. Não vou doar as roupas pois a maioria delas já está bem usada pra que eu venda e, as que porventura estiverem em estado bom pra vender ainda, eu não vou conseguir vender simplesmente por não existir interesse das pessoas por comprar certos produtos. Queria pelo menos poder me livrar do rato pra poder voltar a usar meu armário, ou pelo menos conseguir trocar de armário já que o meu está começando a dar sinais de que vai desmontar. Meu quarto hoje parece um lixão. Quero poder resolver cada uma das prateleiras e tudo o mais de forma definitiva, de forma que, com o tempo, eu visse alguma mudança. Essa mudança não aconteceu em 2018, então só me resta empurrar pra 2019. Talvez eu devesse ser mais rigorosa com esse ponto e menos com outros. No fim das contas, parece que é uma escolha. Uma escolha com a qual eu não estou feliz, mas que continuo convivendo diariamente. Minha amiga Eliana me fala da importância de se ter uma casa organizada e eu entendo isso, mas ainda não consigo por em prática de forma eficiente. Então, se alguém tiver algumas ideias de como organizar ambientes de forma definitiva, estou aceitando sugestões.

Nenhum comentário:

Postar um comentário