sábado, 29 de julho de 2017

Pessoas e Escolhas

Outro dia ouvi uma informação que me deixou sem saber como reagir, basicamente por eu gostar muito das duas pessoas envolvidas. Uma era aquela pessoa de quem eu gostava do trabalho e outra é uma pessoa nova no trabalho. O problema em questão era sobre o relacionamento que eles tinham tido. Que não existe mais. Lembro que ele havia dito com muita convicção que “todas as namoradas que tive me traíram”. Não que fizesse diferença se é o caso dela, ele também não é uma das pessoas mais confiáveis que eu conheço. Ainda assim, a informação me deixou um pouco abalada. E por um segundo eu pensei se devia mudar de alguma forma meu tratamento com algum dos dois. A resposta foi até bem fácil de achar: não. Não é como se eu ainda goste dele como gostava e, verdade seja dita, ela é uma gracinha. Tenho uma dificuldade imensa de achar defeitos em pessoas que são fofas. Mesmo que elas se revelem, no long run, serem cobras peçonhentas.
Ontem teve reunião na agência. E todas as pessoas novas na agência que ainda não tinham participado de uma reunião puderam ver como as coisas funcionam. E depois que terminou a agência estava em tumulto. Existe de fato a possibilidade de sermos despejados. A mudança de chefes é iminente, pois o Dagnaldo vai se aposentar. Estava quase na hora do almoço e, como faço naturalmente, perguntei onde o Thiago ia almoçar. Não que tenhamos muitas opções ali onde estamos, então optamos pela padaria. E só depois que chamei ele para almoçar me peguei pensando se ainda posso chamar ele pra almoçar como sempre fazia quando ele era só meu supervisor da PNADC. Agora ele é chefe. Segundo ele, não tem problema nenhum em fazer isso, o que me deixou bastante tranquila. E ele perguntou se eu estava falando com o Giorgio, o que confesso não tenho feito desde o dia que fomos beber com o Jonas e o Sérgio. Era um dia atípico por qualquer ângulo que você olhasse. E lá estava eu, ignorando completamente a existência da pessoa que tem sido rude e cruel comigo de graça, até que em dado momento, ao estar voltando para minha mesa, ela me chamou pra me mostrar fotos de bichinhos feitos de pano. Artesanato. Se tem algo que eu gosto de fazer é artesanato. E eu achei fofo, pois eram elefantinhos. Mas continuo sem saber como reagir a essas atitudes. Uma hora ela é rude, outra é um doce. Como minha nova colega de trabalho diz, “ela é bipolar”.
Meu setor dessa semana tinha o número 899. Minha comanda quando fui comer na padaria era, pasmem, 899. Na hora mandei uma mensagem pro Jonas dizendo que ele devia jogar naquele número. Ele me disse, no dia em que saímos para beber, para eu não ficar com raiva. Eu respondi que achava que quem estava com raiva era ele. Nós dois não mudamos, fizemos várias promessas antes dele sair da agência mas não cumprimos nenhuma. Nem as mais simples, como por exemplo, o cinema no caso dele e a praia no meu caso. O Sérgio não parava de cutucar feridas que já estavam cicatrizadas. “Amor é um sentimento que dura pra sempre”. Que bom que o que eu sentia não era amor então. Eliana, que para aqueles que não sabem, é a minha nova colega de PNAD, disse que você deve conviver com uma pessoa por, pelo menos, 2 anos. Se continuar sentindo o que sente, então de fato é amor. O corpo não aguenta por muito tempo a sensação da paixão. Eu consigo entender o por quê. Paixonites doem demais. O que me leva a ele.
Quando olho pra trás, vejo que muitas pessoas que passaram pela minha vida não eram ideais para convivência, mas precisavam passar pela minha vida pois, com elas, consegui aprender alguma coisa. Costumo me apoiar nas pessoas erradas. Costumo confiar demais, me entregar demais, me preocupar demais. Tudo isso faz parte da minha personalidade. Hoje, tenho uma pessoa ao meu lado que se importa e que cuida de mim. Não passa um dia sem que ele me deseje bom dia. Nem um dia que passe sem que ele me diga que está com saudade ou que pergunte como estão as coisas. Pra mim, que nunca tive alguém que se importasse dessa forma, é uma sensação agradável. Eu podia me acostumar com isso. Falei com a mãe dele ontem sobre o almoço que tínhamos combinado. Ele quer me apresentar pra mãe dele. Confesso que tenho um pouco de medo, mas um dia esse momento ia chegar na minha vida. Não posso correr disso pra sempre. Esse post ficou cheio de coisas e nada específico, ainda assim, me sinto leve ao terminar de escrever tudo isso. Existe uma parte de mim que sente falta de muita coisa. Enquanto existe outra que finge não ligar pra nada. Só sei de uma coisa: minha vida está sendo construída em cima das minhas escolhas. Elas podem não ser as melhores, mas são minhas.

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