sábado, 17 de novembro de 2018

O Tempo passa, o Tempo voa…

...e a poupança Bamerindus continua numa boa! Só que não. Para aqueles de vocês muito novos para saber, Bamerindus era um banco que faliu. O garoto propaganda era ótimo, o jingle era ótimo, mas o banco faliu. Da mesma forma, uma coisa que pode começar muito bem, muito promissora pode ir parar num buraco. É o caso do que vou contar para vocês hoje. Sentem em um lugar confortável, pois a história é um tanto quanto longa.
No dia 21 de Janeiro de 2017 eu escrevi um post entitulado “quem com ferro fere...” que se referia ao Edgar, uma das pessoas que passou pela minha vida amorosa. Por que estou falando disso? Calma, já vamos chegar lá. O caso é que esses dias o Silver me mandou mensagens desesperadas me perguntando se eu conhecia um tal de Edgar Narok. Sim, conheço. Bem, o amigo que ele tem na escola também. O nome d ele é Matheus e, pelo que entendi, ele pegou o celular da mão do Silver e começou a falar comigo sobre o Edgar e, acima de tudo, sobre a Isabela. Não são pessoas de quem eu gosto de falar, mas elas existem e, pelo jeito, o mundo é tão pequeno que serei obrigada por muitas vezes a esbarrar em pessoas que conhecem pessoas que eu conheço. E nunca são pessoas que conhecem pessoas que eu conheço que sejam pessoas que eu ficaria feliz de saber que as pessoas conheçam, não, sempre são as pessoas que dão trabalho que os outros conhecem. Talvez seja porque as pessoas que dão trabalho ficam guardadas em um lugar da nossa mente, enquanto as pessoas legais simplesmente são esquecidas. Talvez seja por isso que todo mundo lembra de chamar a Juliana pra sair, mas não lembram de mim. Tudo faz sentido agora!
Desculpem, eu desviei do assunto principal. O caso é que o rapaz comentou com a isabela sobre mim e ela disse que eu a chamei de vadia no meu blog. Isso me chocou e fui reler o post, já que não lembro de ter falado dela em outro post. Inclusive, convido ela ou qualquer outra pessoa que venha a ler meu blog que, caso encontre onde eu a chamei de vadia, por gentileza me apontem, pois eu realmente não tenho saco pra ficar desenterrando essa história. Não lembro de ter feito, mas eu sou uma pessoa que fala o que não deve quando está em circunstâncias ruins. Tipo falar a senhora quer que eu coloque uma seta luminosa?” para uma mulher que não estava enxergando o lugar vago que tinha para ela sentar enquanto esperava o médico no dia em que eu vi minha primeira morte no PA. Não que a pessoa tenha morrido lá, na verdade ele chegou morto, mas não fazia diferença, foi meu primeiro presunto humano. O primeiro presunto humano você nunca esquece.
Mas estou saindo da linha de raciocínio de novo! O caso é que depois de conversarmos e percebermos o ódio mútuo que existe entre nós, no dia seguinte apareceu nas minhas lembranças do Facebook uma com ela. A própria. E ela dizia que me colocaria em um potinho, num post que era basicamente uma imagem que dizia que “eu tenho ciumes dos meus amigos, se pudesse, colocava eles em potinhos e guardava só pra mim”. Foi interessante ver como as coisas mudaram. Foi interessante ver como sentimentos mudam, pessoas mudam, opiniões mudam. Tudo no mundo evolui e nem sempre é pra melhor. Como o banco Bamerindus, que mesmo tendo um comercial tão bonitinho, faliu. A Isabela, mesmo sendo tão bonitinha, apodreceu na minha concepção, e tenho a impressão que não existe nada nesse mundo que mude essa visão que tenho dela. Foi um caminho sem retorno. O que é triste é ouvir que ela acha que minha raiva dela nasceu do fato de eu ainda gostar do Edgar e não dela ter agido de uma forma escrota. A culpa é dos outros, nunca dela. Mas isso era um complexo que eu já sabia que ela tinha. Aliás, que todos têm. O problema de olhar pro umbigo e esquecer que vivemos no mundo com outras pessoas.

Hoje sou feliz com meu namorado, mesmo tendo nossos desentendimentos. Não sinto falta nenhuma do Edgar e, honestamente, espero do fundo do meu coração que ele não reapareça na minha vida. Ainda acho que, olhando apenas pro exterior, a Isa é uma fofa. Queria que as pessoas parassem de olhar pros seus umbigos e olhassem um pouco mais pro seu redor. Nem precisava ir muito longe, sabe? Era só levantar os olhos e - BAM - dezenas de pessoas estariam ao seu redor. Muitas seriam apenas desconhecidos, pessoas que também só olham pros próprios umbigos e seguem a vida nessa rotina. Mas às vezes você pode encontrar uma pessoa que está olhando para você ao invés de para o próprio umbigo. Pode ser que depois que você passar um tempo com essa pessoa você descubra que ela também olha demais pro próprio umbigo e que se você não estiver constantemente por perto, ela vai esquecer de olhar diretamente para você. Isso é triste, mas são situações pelas quais devemos passar na vida. O tempo passa e se encarrega de ir colocando as coisas nos seus devidos lugares, mesmo que o lugar de uma coisa que, hoje, para você, vale muito, seja o lixo.

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