sábado, 29 de setembro de 2018

Amigos são Balões

Bom dia caro leitor. Hoje é dia 29 de setembro. Para muitos de vocês, em sua grande maioria, é apenas mais um dia. Para mim, no entanto, é véspera do meu aniversário. E era para ser uma coisa boa, não fossem os balões. Ah, os balões… Na verdade, começou muito antes disso. Algumas pessoas, como eu, acreditam em Karma, horóscopo e inferno astral. O meu inferno astral esse ano começou mais cedo, desde o dia em que me roubaram meu celular. Maldito seja! Desde então venho passando por uma maré de maus acontecimentos que só não me fazem sentir pior pois vejo os extremos. Se por um lado tenho um namorado maravilhoso que está comigo sempre q pode, na outra mão vejo de perto o que é ter depressão e como é difícil lidar com essa doença. Inclusive, é setembro. Setembro amarelo, como chamam. Supostamente você deveria se dispor a ouvir os problemas dos outros, ser gentil, ser solícito. E não posso reclamar da maioria das pessoas, essa é a verdade. Consigo ver claramente quem são meus amigos de verdade. No entanto, aquelas poucas pessoas que existem e fizeram parte do meu convívio diário têm atitudes que me revoltam profundamente. Voltemos aos balões, sim? Esses dias eu recebi uma mensagem sobre amizade e balões. Lembrava muito aquele ditado das coisas livres, “se voltarem é pq as conquistei, se não é pq nunca as tive”. Muito bonito de dizer, mas na prática, não é bem assim q funciona. Em uma comparação com os balões, sou um balão que as pessoas soltam muito facilmente, e isso machuca. Mandei aquela mensagem para todas as pessoas com quem ainda me importo um pouco e recebi várias de volta. Algumas pessoas até puxaram assunto. Foi bom, consegui conversar com pessoas que fazia tempo que não conversava. No entanto, da mesma forma, recebi mensagens do tipo “vc anda sumida, vamos marcar alguma coisa!”, para o que respondi que já tinha desistido. “Eu lembro mais de vocês do que vocês de mim”. É fácil dizer que eu sumi quando você nunca me manda uma mensagem. É difícil dizer que eu sumi quando, no fundo no fundo, como meu amigo Inco disse quando veio me perguntar o que estava acontecendo pois eu estava “lançando muitas indiretas para os amigos”, você é egoísta e só pensa em você. É difícil dizer que eu sumi quando, na realidade, você só está esperando a minha habilidade secreta, “bumerangue” ativar, para que eu retorne para você, querendo saber como estão as coisas ou querendo chamar para sair.
O texto dos balões rendeu frutos além do que eu imaginava. Tive a oportunidade de rever pelo menos uma pessoa que realmente tentou me ver. Isso foi bom. Tenho o carinho do meu namorado. Tenho o carinho das pessoas ao meu redor. Então por que não me sinto completa? A resposta me foi dada pelo meu namorado, que provavelmente nem percebeu o que disse. No entanto uma palavra foi o suficiente pra fazer meu mundo andar de novo. Eu sinto falta da minha mãe. Minha mãe é um balão que foi pra longe de mim, está num lugar inalcançável para sempre. Ou até eu morrer, se eu acreditar com todas as minhas forças que vou reencontrá-la no além. Ela podia não ser exatamente uma amiga, mas era mais que isso, era minha mãe, a figura educativa no meu lar, aquela que eu esticava o braço e ela pegava minha mão, aquela que quando eu procurava por conforto e por um porto seguro, estava lá para ser tudo que eu precisava. Menos minha amiga. Ela era uma mãe, não uma amiga. Hoje eu sei a diferença disso. Tenho amigas que me tratam como se eu fosse suas filhas e isso é bom também, mas não é minha mãe. Meus amigos são meus amigos e eu já entendi que, nessa vida, não posso contar com meus amigos. Meus amigos são pessoas egoístas que pensam nelas mesmas e nunca vão lembrar de me chamar quando forem sair, mesmo que eu ainda os chame. O mundo dá voltas e pessoas com quem eu convivia diariamente não estão mais no meu dia a dia. Mesmo pessoas que estão no meu dia a dia não são consideradas amigas. Setembro está acabando e, com ele, espero que minha maré de azar também. Acho que já deu, né karma?

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