sábado, 23 de dezembro de 2017

Divagações

Quando eu fazia faculdade tinha um professor que gostava muito de falar da família dele no meio das aulas. Eram suas divagações. Neste exato momento tudo que eu quero é poder divagar tbm, pra fugir um pouco dos problemas, que infelizmente são muitos. Mas como não quero falar deles, vamos divagar!
Na sexta-feira da outra semana fizemos a mudança do meu emprego de um endereço pro outro. Nunca pensei que fazer uma mudança fosse tão trabalhoso. E ouso dizer que o maior problema nem é a mudança de fato, mas sim as pessoas envolvidas no processo. Ouvir de uma pessoa de cargo superior ao seu “o que vocês ficaram fazendo durante todo esse tempo?” quando você ficou esvaziando um galão enorme, cheio de água, para que o mesmo pudesse ser transportado, além de cuidar das vagas onde o caminhão da mudança estacionaria para que não houvessem problemas depois não é nada pra ele? Pra mim é bastante coisa. Depois, no lugar novo, você tem que lidar com o falso nojo das pessoas de lidarem com uma tampa de privada que tinha que ser instalada. Já ouviram aquela frase, “se quer algo bem feito, faça você mesmo”? Pois bem, eu sou dessas. Então eu mesma peguei a privada e instalei. Um problema resolvido. Então passamos pros arquivos e pra mesa que devia ficar na cozinha, mas que é grande demais pra cozinha então deveria ficar lá fora, no relento e na chuva. O que não é uma idéia ruim já que teve a confraternização na sexta. Tudo que se fazia ou se falava era retrucado e rebatido ao ponto em que eu não via a hora de ir embora dali.
E já que mencionamos a confraternização, vamos falar um pouco de confraternizações? Mas não da minha, pois estamos divagando. Existe apenas um tipo de confraternização que eu conheço, aquela em que todas as pessoas envolvidas têm problemas com um ou outro sujeito, mas todos fazem de conta que são ótimos amigos e super camaradas, só pra não pegar mal no filme. Me lembro de quando eu era mais jovem e minha mãe ainda era viva e resolveram fazer uma confraternização no mc Donalds, com direito a levar família e tudo mais. Minha mãe levou eu e meu irmão e uma das professoras olhou pra gente e disse “não comam muito pra não fazer sua mãe gastar muito dinheiro”. Minha mãe olhou pra gente e falou “podem comer o que quiserem, eu tenho dois salários pra isso”. Tipo o Julius, pai do Chris, do seriado todo mundo odeia o Chris, mas no caso dela, uma mulher. Lembro que me segurei pra não rir, mas fiquei feliz com a atitude dela. Que importam as outras pessoas? Quero estar bem com as pessoas que amo e que quero bem. Não que esteja acontecendo. Mas esse post não é pra falar disso, e sim pra divagar. Divagar!
Sábado passado eu fui num evento de animes. Ressaca Friends. Tinha um algodão doce preto sendo distribuído no estande de Harry Potter que deixava os dentes, os lábios e inclusive o seu intestino azuis. Tinha também a Comix, que eu não via desde muito tempo atrás, e que me fez agradecer fortemente pela Yamato ter vendido o evento. E tinha um panda oferecendo abraços grátis, com um rapaz do lado distribuindo adesivos, em forma de cabeça de panda e com os dizeres “abraços grátis” dentro. E tinham vários casais. Mas meu par é tímido. E eu estou num estado choroso. Sim, choroso. Não é líquido, nem gasoso, nem sólido, é choroso. As pessoas normais são enterradas. Minha mãe foi cremada. Michael Jackson virou purpurina. Eu vou me desfazer em lágrimas. Cada um tem o fim que escolhe. E como a premissa é verdadeira, esse post tem seu fim aqui.

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