sábado, 18 de junho de 2016

Deja Vu

Esses dias estive sentindo que minha vida anda girando em círculos, passando viciosamente pelas mesmas situações de novo e de novo. Tomo como exemplo o rapaz que inconscientemente (ou talvez ele soubesse e eu que continuo me enganando achando q não) destruiu um dos momentos importantes de minha vida. Apareceu do nada, nosso relacionamento (será que posso mesmo chamar de relacionamento?) avançou de forma rápida, e tão rápido quanto começou terminou. Não sem alguma insistência da parte dele para que continuasse, mas existem limites do que me é aceitável, e ele tinha passado deles. Há alguns meses um rapaz me adicionou no Facebook, não o conhecia mas costumo não julgar as pessoas logo de cara. Nesse caso, devia ter confiado em minha intuição e nem aceito, mas dei corda.
Existe uma situação que me deixa bastante desconfortável que é quando uma pessoa consegue inadvertidamente cometer os mesmos erros de outra pessoa. Se a pessoa inicial me machucou muito então, é quase imperdoável. Esse rapaz em questão inadvertidamente começou a me tratar como se eu fosse uma princesa, acreditando que e o fosse e que devia agir como tal. E aqui entra um dos problemas: não sou uma princesa. Estou longe de ser alguém politicamente correto. Me irrita que cobrem isso de mim pois não o cobro dos outros. E foi assim que algo que tinha tudo para dar certo (será?) deu errado logo de cara.
Mas tudo bem, pessoas do Facebook costumam nos decepcionar pessoalmente, não é mesmo? Então viemos para a realidade, onde as pessoas tem mais carne, pele e ossos. E achamos que isso vai resolver o problema. E não é isso q acontece.
O que acontece é que você encontra uma pessoa bonita que pede seu telefone. Você passa o número do celular que costuma não usar muito, já se precavendo de problemas futuros. Os problemas que você passou com a pessoa que te estragou tudo. E com razão, afinal sua consciência começa a reconhecer pessoas em outras pessoas, situações em outras situações, sentimentos parecidos que são perigosos se nos deixarmos levar.
Ele ligou a semana inteira, ignorei. Acabei atendendo na sexta, ele queria me ver, eu disse q estava doente, que marcássemos algo na sexta seguinte. Achei que com isso me livraria dele por alguns dias. Sábado ele me ligou de novo. Revoltada, falei que havia pedido para que ele me ligasse apenas na sexta que vem. Se ele não consegue respeitar esse pequeno pedido, respeitará outros? Não esperei que ele falasse, desliguei a chamada. E o celular. E voltei pra minha vida com a sensação (dessa vez, reconfortante) de que me livrei de um fantasma.

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