Tenho um amigo que se chama Gilson. Ele me conheceu através de um outro amigo nosso em comum, em uma situação bem peculiar que nos colocou em situações bem complicadas. Ainda assim, diferente do amigo que nos apresentou, conseguimos manter uma relação de amizade bem duradoura. Quando o conheci ele tinha alguns vários problemas e uma paixão. Essa garota em questão fez da vida dele um inferno e, depois dela, ele se interessou por uma das minhas amigas que hoje está casada com outro amigo meu. Talvez um dia eu fale deles aqui, mas hoje o post tem outro foco. O foco é no Gilson e em várias coisas que aprendi com ele durante o tempo. E algumas coisas que também pude mostrar pra ele. Não sei se vocês sabem, mas para algumas pessoas (eu inclusa) problemas são como furacões. Você não consegue resolver direito pois está no meio dele. Pessoas de foram conseguem ver a solução claramente, mas para você, a solução é uma incógnita. Também tem a visão da minha amiga Lucimar de que, se um problema não tem solução, então não é um problema. Você pode continuar se torturando com ele, mas se você não consegue resolver, talvez a melhor atitude que você pode tomar é exatamente a de parar de tentar e partir pra outra coisa. Às vezes a solução não está visível pra você hoje, mas vai estar em algum momento.
Nosso amigo Gilson tinha uma frase que gostava muito de dizer, que era sobre você não poder dizer que não gosta de algo se não tentou três vezes. Consigo relacionar isso pra comida, por exemplo, e lembro de um exemplo real, vulgo bife de fígado, que eu comi pela primeira vez na casa de uma amiga da minha vó e, apesar de ter terminado de comer todos os dois bifes que peguei (de gula), jurei que nunca mais ia comer daquela carne em minha vida. No entanto, no ano passado, quando fui no aniversário da Ana Carolina Brum, era um churrasco e, coincidentemente, tinham iscas de fígado sendo servidas. E acredite quem quiser, estava bom. Comi que até pensei se podia, de fato, aquela ser a mesma carne que comi na casa da dita amiga da minha vó. E era, pois fígado tem um gosto bem particular. Verdade seja dita, toda carne tem um gosto bem peculiar se você consegue ter paladar e vontade de conhecer o gosto das carnes. No entanto, voltemos à frase. Três tentativas. Um dia eu perguntei pra ele se isso significava que uma pessoa tem que dar o cu três vezes pra decidir se é gay ou não. E ele, como macho alfa que é, ficou quieto.
Ele é uma pessoa que passou por muitos problemas durante a vida e até hoje continua passando. Também é muito trabalhador, ao ponto de não parar de trabalhar nem para cuidar da saúde, o que honestamente me preocupa. Por ele, eu já estaria casada e com uma penca de filhos enorme há muito, muito tempo. Ele sinceramente deseja minha felicidade, então quando disse pra ele que estava namorando, obviamente ele quis conhecer o felizardo. Por mais que Osasco não seja ali do lado, ele continua se esforçando por mim, então fiz com que se encontrassem. Meu namorado é tímido, o senhor Gilson, por outro lado, é bastante comunicativo. Ele conseguiu encher o Henrique de perguntas, ao ponto que eu pedi inclusive pra que ele pegasse leve com o inquérito. Por sorte, os dois gostaram-se mutuamente.
A frase das três tentativas faz com que eu pense em todos os problemas que estou tendo ultimamente, desde dores até problemas no meu relacionamento. Nenhum relacionamento está livre de problemas e eu sei bem disso, mas sinto que estou precisando voltar a frequentar minha psicóloga, pois estou passando por várias situações novas que, honestamente, não sei como lidar. Existem momentos que lembro da minha mãe e penso em como as coisas podiam ser diferentes se ela estivesse aqui. Lembro de como o Henrique me disse que não queria que eu me isolasse das outras pessoas pelo bem dele e como eu tenho tentado desde então voltar a interagir com todo mundo, mas como às vezes isso faz com que eu me sinta bastante mal. Ontem eu me irritei com ele e já faz algum tempo que sinto que as coisas não estão bem entre nós. Houve a primeira tentativa de algo, agora estou planejando a segunda e rezando pra que, dessa vez, dê certo. Se não der, tudo bem, a terceira tentativa é um charme. Se existe um problema aqui eu honestamente não estou conseguindo pinçá-lo e olhar pra ele pra poder resolvê-lo, então encaro como se não existisse problema algum, mesmo que eu sinta com todos os meus poros que existe sim um problema. Quero ter fé que, se tiver algum problema, que a gente consiga resolver o mais breve possível e que, se não puder resolver, que pelo menos a gente consiga deixar as coisas bem. Nesse momento percebo que preciso fazer uma lista de várias coisas que quero falar com ele, que ele precisa saber e que precisam ser esclarecidas, já que quando começo a falar não é incomum me desviar do assunto com outro assunto. E está chovendo lá fora. Que Deus me ajude.
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