sábado, 1 de outubro de 2016

Feliz Aniversário pra Mim


Queria começar esse post agradecendo as pessoas que foram na minha festa. Obrigada.
Queria agradecer também a pessoa que cedeu sua casa para que a festa pudesse ser realizada. Obrigada. Eu te amo.
Neste ponto, devo descrever a odisseia de uma festa de aniversário. Não é fácil se fazer uma festa quando você fez a burrice de esquecer o cartão do banco no banco e os bancos estão de greve. Você pede um cartão novo e descobre que o prazo pra ele ser entregue na sua casa é de 10 dias uteis. Ainda assim, se você é eu, você é mais teimoso que uma mula empacada, então você da um jeito de tirar dinheiro pra poder pagar o máximo possível de coisas que você precisa pra sua própria festa. É simples, é fácil, é prático, mas dói ficar andando com dinheiro vivo de lá pra cá. Ainda assim, as coisas começam a se encaminhar e tomar forma. Como a festa ia ser na casa dele eu tinha que levar uma porção de coisas pra lá, então fui levando aos pouquinhos. Se alguém olhasse pra mim poderia pensar que eu estava levando um corpo esquartejado em tantas bolsas e sacolas. Foram três dias levando coisas e mais coisas, ao ponto que ao final dos três dias o pensamento que passava pela minha cabeça era o de "por que ele não me enxotou de perto dele ainda?"
Não me entendam errado, mas quando se tem uma briga com uma pessoa de quem você gosta e essa pessoa te diz "você me sufoca" é difícil não sentir como se qualquer coisa que você faz perto dessa pessoa não vá acabar dando a ela a impressão de sufocamento de novo. Era meu aniversário, tenho noção disso. Ele mesmo ofereceu a casa dele pra festa, então ele devia estar ciente de que existia a possibilidade de eu aceitar a oferta. Que foi o que aconteceu, era o lugar perfeito! Mas confesso que me causou um estranhamento estar perto dele depois de ter dito que daria espaço pra ele. "É a única coisa que posso fazer", lembro de ter dito pra ele na época. Que bom que foi meu aniversário e pude compartilhar esses momentos com ele, mas como a Cinderela à meia noite, está na hora de voltar pra realidade do borralho. Ou no meu caso, devo aceitar que o espaço deve ser mantido.
Eu tinha feito uma lista de convidados com uns 25 nomes, dos quais eu tinha certeza que apenas uns 15 viriam. Foi assim mesmo. Eu estava preocupada que por algum motivo alguém se sentisse deslocado, mas meus amigos o são por algum motivo afinal, e tudo se desenrolou de forma suave. Acredito que ninguém passou fome. Sede com certeza não passaram. O bolo tinha forma de poring e era todo rosa, uma coisa linda, fofa e gostosa de se comer. Fritamos todos os salgados, sem exceção. Os doces também acabaram. O tempo foi passando e quando olhamos já tinha passado da 1 da manhã. Isso porque eu disse pra ele que não pretendia varar. Acabou que resolvemos chamar um Ubber. Eu queria ficar até a hora do primeiro ônibus, mas o Ubber ia passar na minha casa, então era mais fácil ir com eles.
Sinto falta de por a mão no seu cabelo. Sinto falta do seu abraço. E você me deu as duas coisas ontem. Obrigada. Agora, como uma carta Clow, voltarei à forma humilde que mereço. Baixem as cortinas, o espetáculo acabou.

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