Cidade de Ninguém
Duvido e faço pouco.
De que me adianta?
Ninguém aqui se comporta!
Só me sai um grito rouco
que a todos assusta e espanta
mas agora, de nada adianta...
É morta! Está morta!
Todos aguardam o capataz
que irrompe pela porta
dizendo "descansa em paz!"
Numa cidade de loucos e pagãos
ninguém liga para a luxúria.
Vejo ao longe as luzes da estação
e escuto das vozes as lamúrias.
Quero logo entrar num vagão
e fugir do canteiro de petúnias.
Ah, sim, como é bom o seu perfume...
De nada daqui eu hei de sentir falta
pois de mim se cobra esse costume
mas não hei de esquecer sua malta.
Não demora para que soem o apito.
É chegada a hora! Olha a hora!
O trem se enche de gente de fora
e finalmente partimos. E repito:
Embora! Finalmente estou me indo.
e aos poucos sinto que estou rindo.
Célere vai o trem pelos trilhos,
mais que ele vão meus pensamentos.
Eles se juntam e se misturam no momento
e deles nascem as idéias, como filhos.
No ar soturno do acaso
sinto que nada foi por acaso.
Aprendo vivendo a vida
mesmo que seu fim seja esboroar
pois uma perda quando é tão sentida
deixa a tristeza espalhada pelo ar.
Quero que desculpem as rimas toscas, mas faz uns 8 anos que eu escrevi esses poemas que vou postar, então a qualidade não era tão boa assim. Lembro que na época a idéia era reunir várias pessoas que escreviam poemas e lançar um livro, mas no fim das contas a idéia não saiu e a sociedade dos poetas mortos foi desmanchada. Enfim, por hoje vai ser só isso mesmo. Estou terminando de traduzir primeiro capítulo de Viemannin wa Utau, provavelmente passe pro Fenrir editar hoje ou amanhã, então no fim de semana espero ter um capítulo pra lançar pra vocês! Tenham todos um bom dia!
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